Estive em Barstow, fundada em 1880. Inicialmente, Barstow era um agitado centro para aqueles que se dirigiam ao Death Valley, onde fervilhava a atividade da mineração. Localizado próximo à cidade, ali foi descoberta grande quantidade de prata, em 1851. Quatro anos depois, Barstow já contava com dois hotéis, uma igreja, 13 saloons e até um pequeno bairro chinês, um “Chinatown”.
Tornou-se, ainda, a meca da Companhia Ferroviária de Santa Fé, como vimos, uma das principais do gênero existentes nos EUA, responsável no final do século XIX pelo mesmo tipo de desenvolvimento que a Route 66 proporcionaria alguns anos depois. Hoje, o lugar tem cerca de vinte mil habitantes e sua rua principal, a Main Street, é aquela por onde passa a Route 66.
Como a rodoviária fica afastada do centro, uma boa opção é hospedar-se num hotel nas suas redondezas. Quando saltei do ônibus e vi a longa ladeira que precisava subir para chegar ao coração da cidade, e considerando o peso respeitável de minha mochila e o meu cansaço, foi o que fiz. Depois de estar devidamente acomodado, resolvi, para ter maior mobilidade, alugar um carro. Aliás, isso foi uma das primeiras coisas que aprendi no estado: a Califórnia é talvez a região mais rodoviária dos EUA e sem carro, fica tudo muito complicado.
Assim, fui de carro para Newberry Springs, que fica a 43km de Barstow, na direção leste. A estrada era árida, seca, o dia estava quente. Mas eu estava bem. Abordo de um bólido vermelho e com o vento no rosto, senti de novo uma imensa alegria correndo pelas veias. Liberdade talvez fosse o sinônimo desta sensação.
No rádio, começou a tocar o tema do filme Thelma e Louise (1991). Parecia que o programador da emissora “KW qualquer coisa” estava querendo responder à minha dúvida. Descobri exatamente como eu me sentia naquele momento. Como as personagens do filme de Ridley Scott. Livre de medos, de amarras, apenas deixava, o sedan levar-me pela estrada.
Todo mundo tem um momento na vida em que se depara com um abismo. E, dependendo da circunstância, ele representa uma opção diversa. Durante a minha viagem, deparava-me a todo instante com um novo desafio. Os estados sucediam-se e com eles as situações inusitadas, emocionantes, difíceis até. Por mais de uma vez, senti que algo visceral corria dentro de mim e vinha se tornando mais e mais forte.
Era uma dica: estava no caminho certo. No caminho que o chefe espiritual de Tesuque havia traçado. Embora sentado num carro, sentia-me como se estivesse realmente voando em busca da liberdade. Ainda que a descida de mula no Grand Canyon tenha tido um gosto de feito épico, que é como a maioria das pessoas entende e conceitua uma “aventura”, a emoção que vivenciei ao vencer cada etapa planejada, a sensação de que eu era capaz de ir em frente, apesar das barreiras, para num constituíram a minha grande aventura. Uma aventura que estava ainda em pleno curso, pois sabia que haveria sempre muito que ver, por mais que já tivesse visto.
Cidade na Route 66 no estado da Califórnia
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