Cheguei finalmente a Oklahoma City, a única capital no caminho da Route 66. É uma das poucas cidades do estado a não ter herança indígena, pois nasceu com os pioneiros brancos. Muitas localidades entraram para a história por terem sido povoadas da noite para o dia. Mas Oklahoma City é recorde absoluto. Em cerca de trinta minutos, a partir do meio-dia de 22 de abril de 1889, mais de mil pessoas estabeleceram-se no terreno designado para a Great Oklahoma Land Run, literalmente, Grande Corrida por Terras de Oklahoma. Quando a noite caiu, naquela primavera, mais de dez mil colonos começavam a organizar suas vidas no novo sítio. Somente em 1910 ela tornou-se capital e hoje tem quase 450 mil habitantes.
No estado, apenas uma média de 15 cidades excede os 25 mil habitantes. Portanto, Oklahoma City é o centro urbano de maior importância, com a sua largamente desenvolvida indústria de prospecção e refinamento de petróleo, assim como a de fabrico de equipamentos relacionados à atividade. Além disso, é um centro de importância no processamento de grãos e destaca-se em setores de tecnologia avançada.
Entrei em Oklahoma City pela Kelley Street e logo estava na 63rd Street, onde fica o The National Cowboy Hall of Fame. É um prédio dedicado a essa figura quase legendária, que, com seu sofrimento para dominar a nova terra, estranha e inóspita em muitos casos, fez história. Sua marcha tornou a região conhecida como o Velho Oeste, popularizado internacionalmente no cinema.
Foi na conquista do Far West que eles entraram para o hall da fama. É possível encontrar ali, em detalhes, toda a trajetória deste tocador de gado, o cowboy. A coleção inclui obras de arte a respeito da vida destes profissionais pioneiros e artefatos autênticos usados por eles na época. Deparei-me com aquelas esporas enormes, vistas tantas vezes tilintando nos pés de atores como John Wayne. E como o maior companheiro do cowboy era o cavalo, o animal não poderia deixar de estar presente em todos os momentos. Vim a descobrir depois que Oklahoma City chama para si o título de “capital mundial de shows com cavalos”.
No Remington Park, acontecem frequentes corridas de cavalo, concorridíssimas. Aproximadamente trinta eventos equinos ocorrem por lá todos os anos. Em outubro, é realizado um “festival do cavalo”, com exposições que duram dez dias. Outra tradição local é o Red Earth, ou terra vermelha, um festival em celebração à cultura americana nativa. Inclui danças, música, exposições e acontece sempre no segundo fim de semana de junho. Eles não esquecem seus cowboys, seus cavalos e seus índios.
Ao lado do hall da fama dedicado aos cowboys, fica o County Line Restaurant, ideal para quem aprecia um bom churrasco. No prédio, erguido em 1918, funcionou anteriormente o Kentucky Club, uma espécie de cassino clandestino. A sala principal, com o bar, era rodeada de pequenas saletas onde a jogatina rolava solta. Dizem que um dos frequentadores assíduos era ninguém menos que o “robin hood” Pretty Boy Floyd, acompanhado por apostadores inveterados e contrabandistas. Ernst Hemingway teria adorado o local.
Ao ler o cardápio do restaurante, fiquei curioso diante de um prato indicado como “costelas de dinossauro”. Para ver do que se tratava, fiz o pedido, respaldado ainda pelo fato de que estava com muita fome. Mas, confesso que fiquei impressionado com o tamanho da iguaria, que, além de enorme, é uma tentação mesmo para um vegetariano não muito convicto. No entanto, o lugar encheu de uma hora para outra e começou a parecer uma imensa churrasqueira.
Cidade na Route 66 do estado de Oklahoma
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