Segui no rumo da Califórnia e saí 22 km a oeste para conhecer uma das grandes atrações do Arizona, Meteor City. Ali, há uma cratera gigantesca, que foi aberta por um meteorito de cem mil toneladas ao espatifar-se no chão a uma velocidade de 82.320 mil quilômetros por hora, 49 mil anos a.C. As dimensões são de meter medo. A cratera tem dois quilômetros de diâmetro por cinco de circunferência. É profunda o suficiente para “engolir” um prédio de sessenta andares e na sua base poderia abrigar pelo menos uma dezena de campos de futebol.
O lugar é de uma amplidão impressionante. Uma planície vasta e verde, com montanhas muito ao longe, torna aquele imenso buraco ainda mais impressionante. Os prospectos turísticos garantem que este é o mais bem preservado sítio onde houve um impacto de meteoro no mundo. As condições geológicas e o tamanho inacreditável da cratera estimularam a Nasa, agência espacial americana, a montar ali um centro de treinamento para astronautas do projeto Apollo. O solo reproduz de maneira muito próxima o solo da Lua.
Como não poderia deixar de ser, há no local um Astronauts Hall of Fame, com exposições a respeito de outra conquista americana, a do espaço. Inclui desde informações sobre os primeiros foguetes até uma cápsula em exposição da Apolo 1, e diversas fotos e outros materiais a respeito da Challenger, o ônibus espacial. Challenger, aliás, é um nome muito apropriado para esta empreitada, pois em inglês refere-se a “desafio”, coisa de que o povo americano realmente gosta. E eu percebi, então, que também estava cumprindo o meu próprio challenge: 66 dias na Route 66. A cratera serviu de cenário para o filme Starman (1983), com Jeff Bridges e Karen Allen, que contava a história de um homem que veio do espaço.
Um pouco adiante, chega-se a Two Guns, a terra do Diablo Canyon, um alinhamento da Route 66 tão velho que fica difícil acreditar que exista uma estrada ali. O canyon tem muitos metros de largura e pelo menos trezentos metros de profundidade. Os pioneiros deixaram vários registros do quanto era difícil atravessar essa região.
A poucos quilômetros do Diablo Canyon, foi descoberto um sítio arqueológico, onde foram encontrados tesouros inestimáveis, como potes e vasos identificados como sendo de tribos indígenas que habitaram o local entre 1050 e 1300 d.C. Estas civilizações foram atraídas pelos solos férteis do platô, resultado da desintegração de terrenos vulcânicos de lavas e cinzas cuspidas das San Francisco Mountains, a oeste.
Two Guns recebeu este nome por causa de Two-Gun Miller, que, enaltecendo a sua condição de apache, matou um vizinho durante uma disputa por terras. Os amigos do morto escolheram como epitáfio a frase “morto pelo índio Miller”. Ele, obviamente, não gostou. A cidade é a última oportunidade para se encontrar postos de gasolina no estilo dos que eram construídos nos anos 20. Durante muito tempo, foi considerado o pior lugarejo do caminho, embora tenha sido construído especificamente para atender à demanda dos turistas, que queriam conhecer o canyon.
Apesar disso, as estradas não foram feitas para carros comuns. É uma aventura passar por elas. Resolvi, finalmente, explorar a região ao redor, mas fiquei um pouco arrependido. As pontes que davam acesso às pequenas cavernas rangiam demais quando se passava por elas. Foi, para mim, um desafio vencer o medo. Por causa das dificuldades locais, é comum ver na estrada placas alertando os viajantes para, por exemplo, “deserto à frente”, “última chance para gasolina”, “sem água” ou “cascavéis por aqui”.
Cidades na Route 66 no estado do Arizona
Holbrook | Winslow | Flagstaff | Williams | Seligman | Kingman | Oatman
Estados que fazem parte da Route 66
Países nas Américas
Argentina | Bolívia | Chile | Curaçao | Estados Unidos | Peru | Uruguai
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