No caso Arizona, no entanto, esta máxima foi desafiada. Vizinho da Califórnia e quadragésimo oitavo estado a ser admitido na federação americana, não se intimida com a fama alheia e promove uma festa de imagens inesquecíveis para quem se aventura pelos seus 294.057 km². Se a Califórnia tem Hollywood, filmes, glamour e estrelas, o Arizona oferece alguns dos cenários mais estonteantes dos EUA, como o fantástico Grand Canyon, por exemplo.
Fazer fronteira com a Califórnia não é fácil. Se lá ficam duas das maiores cidades americanas, o Arizona é pouco povoado. Mas nem liga para isso: vasto, quente, rochoso, multicolorido, não é apenas um simples estado, é uma experiência. Depois de passar por tantos lugares interessantes e tantas situações inusitadas, imaginava, àquela altura, que não teria mais como me surpreender. Que nada. O Arizona deixou-me literalmente boquiaberto.
Como os demais estados da região Oeste, esbanja variedade e contrastes. A população ainda é pequena, mas cresce a passos largos: desde 1940, aumentou em quase dez vezes. As fazendas irrigadas combatem com o seu teimoso verde a terra árida, que fornece 60% de toda a produção de cobre dos EUA.
Os arqueólogos podem provar a existência de traços da cultura indígena no Arizona há 25 mil anos, através de ruínas por todo o território. Desde cerca de 500 a.C. até a século XV, o povo dominante na região era os honokam. Eles praticavam agricultura com irrigação e os restos dos canais que abriram ainda podem ser observados nas redondezas da cidade de Phoenix. Menos de cem anos depois, os espanhóis começaram a chegar, vindos do Novo México. Frustrados pela procura inútil de ouro naquele estado, por volta de 1580, Antonio Espejo e Juan de Oñate embrenharam-se pelas terras secas do centro do Arizona, encontrando indícios do mineral que se tornaria seu principal produto.
Em 1670, os espanhóis haviam estabelecido muitas missões para catequizar os índios. Enquanto os mineiros e os agricultores mudavam-se lentamente para a região do Vale de Santa Cruz, os índios resistiam cada vez mais. Em 1776, Tucson tornou-se uma fortaleza. Em 1821, quando o México ficou independente da Espanha, o Arizona passou a ser um estado, a maior parte do tempo, beligerante, pois os brancos tinham dificuldade de se estabelecer devido à resistência apache.
Nesta época, comerciantes americanos começaram a freqüentar a região, aproximando-a cada vez mais dos EUA. Quando o México e os EUA terminaram a guerra em 1848, um vasto território que ia do Texas à Califórnia, incluindo o Arizona, foi anexado pelos americanos. Primeiro, foi incorporado ao Novo México, e apenas em 1863 conseguiu a sua independência. Passou anos lutando contra os índios, tanto os navajos quanto os apaches. Durante os anos que se seguiram à Guerra de Secessão, em meio a sangrentas batalhas, a extração de ouro e prata tornou o território cada vez mais habitado. Depois de derrotar os índios em 1890, com crescimento econômico e bastante experiência administrativa, o povo do Arizona começou a mobilizar-se para ganhar o status de estado. O Congresso aceitou o pedido em 1912.
A Route 66 no Arizona só foi pavimentada na década de 1930. Após a Segunda Guerra Mundial, exércitos de turistas cruzavam o estado ansiosos para conhecer o território indígena, o Painted Desert, a Petrified Forest ou o Grand Canyon. Hoje, a interestadual encarrega-se do tráfego pesado, mas trechos bastante confiáveis da velha estrada permanecem, incluindo um bastante notável entre Seligman e Kingman. Este é um dos pedaços mais bem conservados da mother road, entre Chicago e Santa Mônica.
A primeira cidade no estado é Lupton, localidade que vivia do gado e tomou seu nome emprestado de um funcionário de uma seção da Companhia de Estradas de Ferro. Em seguida, passei por Allentown, Houck, Sanders e Chambers, até Holbrook Ali, a Route 66 quase desaparece; portanto, desde Lupton, a melhor opção é mesmo a estrada interestadual, o que evita que se perca tempo tendo como paisagem apenas cidades fantasmas. Chambers, durante um período, foi conhecida como Halloysite. Nos anos 30, foi rebatizada em homenagem a Charles Chambers, funcionário do correio.
Cidades na Route 66 no estado do Arizona
Holbrook | Winslow | Flagstaff | Williams | Seligman | Kingman | Oatman
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