Meu destino era a igreja de São Pedro de Gallicantu, que significa o “canto do galo”, construída onde se acredita ter sido a casa do alto sacerdote Caifás, no tempo da prisão de Jesus. Segundo a tradição, teria sido ali que Pedro negou o Mestre, de acordo com a profecia de Jesus: “Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes” (Mateus 26:34). E, assim: “Estando Pedro embaixo do pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote e, vendo a Pedro que se aquentava, fixou-se e disse ‘tu também estavas com Jesus, o Nazareno’. Mas ele o negou, dizendo: ‘Não o conheço, nem compreendo o que dizes’. E saiu para o alpendre e o galo cantou” (Marcos 14:66-68).
Ao confirmar que Pedro o negara, foi com um olhar entristecido pela dor insuportável que Jesus respondeu ao seu discípulo: “Voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro… Então Pedro, saindo dali, chorou amargamente” (Lucas 22:61-62). Nesta reação ao comportamento reprovável de seu seguidor, descobrimos o coração de Jesus. Embora Pedro tivesse lhe infligido tamanho sofrimento, ele não o rejeitou, nem perdeu a esperança por ele.
Ao entrar na igreja de São Pedro de Gallicantu, vi a indicação de uma gruta. A construção era bonita e bem conservada, com o chão todo branco e as cadeiras estofadas em verde-escuro. Nas paredes, pinturas sobre Pedro e outras passagens bíblicas. Atrás do altar, um afresco de Jesus sendo julgado pelos judeus. A cúpula era bem alta. A iluminação, em forma de uma imensa cruz, contribuía para criar uma atmosfera viva e calma ao mesmo tempo.
Fiz uma oração e fui visitar a gruta. Tive de abaixar-me, pois a passagem até ela era pequena. Provavelmente, ali teria sido a casa de Caifás, antes referida. Escavações que vêm sendo realizadas já determinaram 12 divisões na área que cobria a mansão; em uma das grutas, foi descoberto um conjunto completo de pesos e medidas, além de balanças, que eram usados pelos sacerdotes. À minha direita, havia uma gruta maior, onde eram celebradas missas.
Subi a escada macabea do tempo dos hasmoneus, que ligava a Cidade de Davi à Cidade Alta (monte Sion), no período do segundo templo. Ao lado dela, uma placa: “O olhar triste de Jesus por causa do pecado de Pedro cai sobre nós agora, na esperança de que nós também derramemos lágrimas de arrependimento pelo nosso pecado. Quanto mais choramos em contrição por termos magoado Jesus, tanto mais ardente será o nosso amor por Ele.” No topo, havia a representação em metal de uma passagem bíblica.
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