Meu próximo destino era o túmulo de Maria, ao pé do monte das Oliveiras. Atravessei um bairro árabe onde havia poucas pessoas na rua. O asfalto terminou e continuei por uma estrada de terra. Impressionou-me a grande quantidade de lixo no caminho, até que constatei que estava bem embaixo do portão do Estrume, assim chamado porque os cristãos, em épocas bizantinas, tinham o hábito de jogar todo tipo de refugo nas ruínas da esplanada do templo.
Aquela região era o famoso vale do Cedron ou de Josafá. Segundo a tradição, quando a Ressurreição Universal chegar a seu termo, as trombetas soarão e o Juízo Final terá lugar ali. Por isso, tem sido a área da cidade preferida pelos judeus como cemitério, por milhares de anos. Cruzei o portão Dourado ou porta da Misericórdia, situado no local do original portão do Leste, do complexo do templo. Recebeu esse nome porque brilhava como ouro quando o sol se punha.
De acordo com a tradição cristã, Jesus atravessou-o quando entrou em Jerusalém com seus discípulos no Domingo de Ramos: “E quando entrou em Jerusalém, se alterou toda a cidade dizendo: quem é este? E os povos diziam; este é Jesus o profeta de Nazaré de Galiléia” (Mateus 21:10-11). Desde o século I d. C., porém, que este portão foi emparedado.
Em 15 minutos, alcançara o sopé do monte das Oliveiras. Como andara muito naquele dia e o lugar estava coalhado de turistas, resolvi voltar ao albergue. Fui para a Cidade Velha pelo portão São Estevão e passei pelo mercado árabe. Próximo ao portão Jaffa, deparei-me com um caso da tão falada “síndrome de Jerusalém”.
Um jovem que dizia ser a reencarnação de Jesus gritava com uma Bíblia na mão. Usava roupa toda branca e sandálias, e sua oratória atraía as atenções. Não pedia dinheiro; queria apenas que acreditassem nele. O discurso era articulado e até certo ponto empolgante. Caminhava entre as pessoas, que o seguiam, enquanto lia passagens bíblicas e sacudia os cabelos compridos constantemente.
Distanciei-me um pouco da aglomeração, para refletir sobre a influência que a fé exerce sobre os indivíduos. É inquestionável o quanto a crença em algo ou alguém torna-se uma necessidade mais e mais evidente à medida que o mundo vai se tornando tão conturbado.
A vontade profunda de vivenciar o humano no que ele tem de divino, que é o desejo de exercer em sua plenitude o direito de amar e ser amado, encontra às vezes sua manifestação extremada em determinadas formas de loucuras pacíficas, mas talvez não menos dolorosas. Há inúmeros casos de gente internada com essa síndrome em Jerusalém.
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