Acordei cedo. Gustavo, Salvador, Denis, Richard e eu iríamos assistir a uma missa especial em Gtsêmani. Esta palavra deriva do hebraico Gat shemen, que significa “jardim da prensa para azeitonas”. Denis mantinha ótimas relações com pessoas importantes ligadas à Igreja em Jerusalém e isso facilitava nosso acesso a vários lugares.
Cruzamos o portão São Estevão e fomos para o monte das Oliveiras, próximo ao túmulo de Maria. Na entrada do jardim de Gtsêmani, havia um pequeno grupo de figueiras e a principal delas ficava num canto à direita; era a que foi amaldiçoada por Jesus nos seus últimos dias na terra: “E avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: ‘Nunca mais nasça fruto de ti.’ E a figueira secou imediatamente” (Mateus 21:19). Debaixo de uma das antigas oliveiras do jardim de Gtsêmani, uma placa encravada numa rocha dizia: “Ó Jesus, na escuridão da noite e na dor, Tu pronunciaste estas palavras de entrega e de confiança em Deus Pai. Em gratidão e amor, direi Contigo em minhas horas de medo e de aflição: ‘Meu Pai, eu não Te entendo, mas, mesmo assim, confio em Ti.’”
Foi ali que Jesus e os discípulos passaram as últimas horas antes de sua prisão. A atual basílica da Agonia ou igreja de Todas as Nações foi construída no lugar sagrado com a ajuda de 12 países. Em frente ao altar-mor, em formato de cálice, via-se uma pedra enorme, a rocha da Agonia, sobre a qual Jesus rezou, invocando o Pai, na noite que precedeu à sua prisão: “Meu pai: Se possível passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e, sim, como tu queres” (Mateus 26: 39). A luz filtrada pelos vitrais brilhava em um tom marrom-avermelhado.
Fui, em silêncio, até a rocha, que era cercada por uma coroa de espinhos de ferro batido. Acima do altar, uma pintura mostrava um anjo confortando Jesus, que vivia uma situação limite, diante da iminência da morte a que estava destinado. Nunca o sentira tão humano como então, quase fragilizado no seu poder e força imensos. E por isso admirei-o mais ainda, e senti-o próximo e palpável. Com ele, rezei e me emocionei. Voltei-me para as absides laterais e vi que representavam o beijo de Judas e a prisão de Jesus.
Quanto à missa em si, foi breve. Assim que terminou, o padre Michael nos levou até a lateral esquerda, a um jardim de acesso restrito. Passamos pelas ruínas de uma igreja bizantina do século V, a primeira erguida em Israel. O jardim era amplo, muito bonito e bem cuidado. Lá existiam alguns dormitórios, onde pessoas se ofereciam para trabalhar.
— Vários destes dormitórios são ocupados por eremitas que passam a noite inteira rezando e dormem de dia, sem ter qualquer contato com alguém — disse Denis.
— Não falam com ninguém?
— Isso mesmo. É uma maneira de exercitar a capacidade de concentração e de meditação. Na Índia, tive de ficar um ano sem dizer uma palavra. Fazia parte da minha preparação espiritual.
Olhei surpreso para ele, que sorriu ao reparar no meu espanto.
— Foi muito difícil esse período, mas consegui atravessá-lo com fé.
Em seguida, vimos um nicho com uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México. Adiante, outro nicho semelhante para Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
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