Saí do albergue às oito horas, passei pela torre de Davi e fui rumo ao portão Zion. De lá, atravessei a rua, segui em frente por uns vinte metros e virei à direita acompanhado de um jovem militar. Diante de uma bifurcação, optei pela direita e cheguei à igreja da Dormição no monte Sion. Ali, a Virgem Maria caiu no “sono eterno”.
A temperatura estava amena. A torre do monastério dos Guardiões da Muralha tinha o domo em forma de capacete de soldado; nada mais apropriado. Logo que entrei, fui ao altar para observar os detalhes do delicado afresco em que Maria segurava no colo o Menino Jesus, que trazia um livro aberto nas mãos. Em cada lado da nave, havia três oratórios. A cúpula era simples e redonda, e as cadeiras não eram fixas.
Fui em direção à gruta da Dormição, local da morte de Maria. A crença comum é que ela viveu com João em Jerusalém e morreu pouco antes de sua saída para a missão em Éfeso, possivelmente no ano de 48 ou 49. Portanto, deveria estar na casa dos setenta quando morreu. O mês e o dia exatos são um mistério: no século VI, um decreto de Maurício, imperador oriental, consagrou a data de 15 de agosto à memória da morte e assunção de Maria. Desci 24 degraus e deparei-me com uma efígie em tamanho natural, feita de cerejeira e marfim, da Virgem Maria no leito de morte.
Cercando a imagem, havia seis pilastras e o mesmo número de pequenos oratórios, cada um com um afresco. Encimando a imagem de Maria, uma cúpula cobria-se de mosaicos retratando heroínas bíblicas — Eva, Naomi, Iael, Débora e Ester — que estão com a Madona em seu sono eterno. Sentei-me, numa espécie de contemplação. No entanto, alguns segundos depois, movido por um impulso, levantei-me e fui caminhando lenta e mecanicamente em direção à Virgem Maria. Pulei a cerca de proteção e toquei sua face. A sensação foi estranha, como se estivesse visitando o túmulo de um parente com quem tinha ligações profundas.
Não sabia se estava perturbado ou emocionado demais, mas pude observar no rosto dela um caminho de lágrima já percorrido. Após instantes em uma espécie de transe, de que não guardo memória do que ocorreu, despertei. Ao perceber onde estava, saí rapidamente. Nunca perdera assim o autocontrole e a razão; por isso, o que aconteceu comigo ali até hoje continua inexplicável.
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