Ainda no estado de Illinois, procurávamos a McKinley Bridge, quando Stanley fez uma careta e pediu-me que fechasse a janela. Pensei que fosse por causa do vento.
— Estamos em Venice.
Existem vários lugarejos nos EUA em homenagem à famosa cidade italiana de Veneza, mas aquele ali na periferia de Saint Louis decididamente não era o lugar ideal para se morar ou ficar sem gasolina e pedir informações, sobretudo à noite. A McKinley Bridge está em operação há pelo menos oitenta anos. O piso não está em boa forma e a trepidação causa a desagradável sensação de que em breve se estará no fundo do Mississipi. Se ela estava para ruir, não sabíamos, mas pelo menos chegamos sãos e salvos do outro lado, já no estado de Missouri.
Se fosse necessário resumir o espírito deste estado em uma palavra eu diria “diversidade”. Tanto a paisagem, como os habitantes, a economia e suas atrações são bastante variadas. Não faz parte nem do Norte, nem do Sul, nem do Leste, nem do Oeste. É um pouco de cada. Riachos e rios largos, pradarias e montanhas, grandes centros urbanos e lugarejos pequenos, produção de milho e de aviões convivem em harmonia. É possível encontrar ali desde cientistas nucleares até pessoas simples que moram nas montanhas.
Quando os primeiros exploradores franceses chegaram àquela terra, descendo o rio Mississipi, o Missouri passou a fazer parte da Lousiana. Em 1770, a região tornou-se domínio espanhol, mas pouca coisa mudou por isso. Os nomes e as tradições francesas permaneceram, especialmente abaixo de Saint Louis, uma das maiores cidades ao longo da Route 66. Em 1803, o Missouri foi comprado pelos EUA e seu importante canal fluvial transformou-se numa espécie de porta de entrada para o Oeste. Durante toda a fase de conquista daquela porção do país, o estado e a sua localidade mais importante mantiveram função estratégica.
Pude confirmar depois a fama dos missourians: a imagem mais popular é a de uma pessoa sempre com as mãos nos bolsos, capaz de esperar uma hora até você contar seu caso, pedir uma informação ou propor um negócio. No final da conversa, ela sabe quase tudo o que precisa a seu respeito, enquanto você sabe pouco mais do que sabia uma hora antes.
Alguns conferem esta fama à formação da população, originada por pessoas que trabalharam em minas, fazendas ou nas montanhas, e que tiveram de enfrentar os contrabandistas, os ianques, as guerrilhas e o clima temperamental. Os maldosos dizem que os nativos passam tempo demais falando com mulas, o que pode ensinar muito em matéria de paciência, mas bem pouco em termos de conversas agradáveis. Isso não quer dizer absolutamente que o povo local seja mal-humorado.
Poucos estados teriam, como o Missouri, coragem de admitir com bom humor que são produtores de utensílios para a colheita de milho e, ao mesmo tempo, preocupam-se com as indústrias náutica e aeronáutica. Na época da interminável discussão entre nortistas e sulistas a respeito da abolição da escravatura, os missourians, saturados, decidiram declarar o reino independente de Callaway. Outro exemplo delicioso é o que envolve a escolha de um slogan de propaganda para o estado. Segundo Stanley, depois de muito procurarem, os técnicos do Departamento de Turismo renderam-se e adotaram o lema: “Venha para o Missouri. Não existe um estado verdadeiramente igual a este.” Quando passei por ali, descobri ser essa a mais pura verdade.
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