Partimos logo para as montanhas de Qumran, situadas no ponto mais baixo da superfície da terra, no vale da Grande Depressão. Com a estrada vazia, o trajeto até Qumran foi rápido. Estava de frente para o mar Morto, que impressionava pela beleza. Vi um restaurante e uma loja; contornei-a pela esquerda e entrei no sítio arqueológico.
As montanhas eram fantásticas, tanto pelas formas magníficas como pelas dimensões. Quantos segredos ainda não estarão descansando em suas cavernas à espera de um arqueólogo persistente?
A caminho das montanhas, as pernas pareciam se mover sem o comando do cérebro, como se um ímã me puxasse para lá, como se a imensa curiosidade fosse algo magnético. Sentia-me estranho e fascinado com o cenário encantador.
Os raios de sol se refletiam nas paredes rochosas, pintando um quadro de cores indescritível. Iniciei a escalada, respeitando a curva de nível da montanha, serpenteando rumo às cavernas. Aos poucos, a subida foi ficando mais íngreme e tive de parar várias vezes para beber água. Após 25 minutos, olhei para trás e percebi o quanto me distanciara da paisagem lá embaixo. Vinte minutos mais e encontrei a primeira caverna, onde aproveitei para descansar por alguns instantes.
Os essênios acertaram na escolha: o lugar era perfeito para a oração e o repouso. Observando as paredes de calcário, imaginava os conhecimentos que armazenavam e a importância dos registros ali descobertos para a humanidade.
Depois de uma ligeira “exploração” da caverna, sentei-me para apreciar a paisagem. Algumas pequenas pedras rolavam pelas laterais. Ao longe, no horizonte, o mar Morto, testemunha silenciosa da história.
O calor, no entanto, era insuportável. Respirei fundo, pois teria que voltar; resolvi descer pelo mesmo caminho da subida. Já no sopé da montanha, olhei para cima. Fiquei em êxtase absoluto, imaginando outras montanhas, tão altas como aquelas, mas todas de rolos de pergaminho contando segredos ainda insondáveis.
Em 1947, numa caverna em Qumran, deu-se um surpreendente achado arqueológico bíblico. Um pastor beduíno, ao procurar uma ovelha desgarrada pelas ravinas rochosas da costa norte do mar Morto, encontrou, por acaso, um tesouro. Estas correspondiam aos anos de 150 a. C. a 68 d. C., quando os essênios fundaram em Qumran uma comunidade isolada, ideal para a reza e a contemplação.
Afastados das tentações da cidade, estabelecidos num elevado platô calcário, eles esperavam a vinda de Deus, de acordo com a interpretação das palavras do profeta Isaías. Quando Tito e a legião romana chegaram a Jericó, os essênios fugiram, escondendo esses rolos em cavernas próximas. O deserto guardou o segredo deles por quase dois mil anos.
A descoberta dos famosos pergaminhos agitou o mundo cristão, já que foram transcritos durante a época do nascimento do cristianismo. Hoje, eles estão guardados no Santuário do Livro, no Museu de Israel, em Jerusalém.
Nesse manuscrito é o mais antigo de que se tem notícia e registra: “Estamos vivendo dias difíceis de crise”. Alguém já brincou que Adão teria dito a Eva, quando foram expulsos do paraíso: “Meu bem, agora vamos viver tempos difíceis de crise e dificuldades…”
Nossa época tem problemas particulares e também muitas possibilidades de superá-los. Nossa vida pessoal atravessa crises diárias, mas conta com enorme potencial de resistência, luta e perspectiva de vitória. Não podemos deixar que o medo nos impeça os gestos superiores.
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