O ônibus me deixou diante do albergue em Massada, que se restringe a ser um famoso sítio arqueológico. A caminhada até a recepção foi a minha “via dolorosa”. A impressão era de que não chegava nunca.
A área era bastante arborizada. Depois, andei uns oitenta metros rumo às montanhas, mas lancei mão do bondinho para ir até as muralhas do alto, pois a pé levaria umas três horas. Subimos em um grupo de cinco pessoas. Lá em cima, havia ainda alguns lances de escada até o topo. O tempo estava maravilhoso, mas o vento forte levantava a poeira.
Com o auxílio de um mapa que pegara na entrada, iniciei o meu tour. Na região, existiam diversas escavações de ruínas de uma fortaleza, com as despensas, cisternas, casas de banho, palácio, sinagoga e banhos rituais servindo de testemunho da história. Lá do alto, o visual era incrível: um enorme vale de canyons, tendo o mar Morto como pano de fundo.
Após umas boas caminhadas, sentei-me para descansar. Pássaros negros sobrevoavam a região. Fiquei atento à agilidade de seus movimentos. Por alguns segundos, vi-me como um deles, tentando reproduzir em mim a sensação da liberdade de voar. Ora em bando, ora em vôos solitários, eles têm o privilégio de conviver com a visão panorâmica de uma paisagem de beleza incomum. Pensando nisso, fui ao posto de observação dos soldados, que ficava no ponto culminante. Em dez minutos alcancei o local e, quando ainda recuperava o fôlego, tomei um susto enorme:
Massada foi construída por Herodes, mas um fato marcante ocorreu em setenta e três depois de Cristo. Os poucos patriotas judeus sobreviventes da revolta judaica contra os romanos concentraram-se para sua última defesa. Os fanáticos foram sitiados por três anos pelos romanos.
Ao perceberem que era impossível continuar a manterem-se por mais tempo, os novecentos e sessenta e sete zelotes cometeram suicídio coletivo, para fugir à escravidão. Imagino a angustia e a sensação de insegurança e medo com aquela atitude.
A busca de Deus não se trata de um movimento de massas ou de alguma coisa que se explique pela psicologia das multidões. É, antes, uma empreitada pessoal, onde as experiências alheias são apenas referências nunca definitivas.
A razão e o intelecto são mobilizados, mas a busca também não se explica nem se esgota pela lógica da filosofia. É importante destacar, com base na mensagem bíblica, que a busca de Deus se confunde com a busca de nós mesmos. E ilumina o significado do outro e do próprio Universo para a nossa vida. É como se Deus fosse o foco de que precisamos para uma perspectiva correta de tudo o que nos cerca e do mundo insondável que descobrimos dentro de nós. lei da causa e efeito e o que é a consequência inexplicável do mero acaso.
Lamentavelmente, essa metafísica em nada corresponde à realidade da vida e do mundo. Boas pessoas são frequentemente vítimas de desgraças que em nada mereceram. E pessoas perversas gozam imerecidamente de muitas das regalias da vida. Por quê? Porque o mundo e a vida – longe de serem justos obedecem na maioria das vezes ao mero acaso, um acaso cego, caótico que distribui indiscriminadamente o bem e o mal.
Uma das manifestações da maturidade humana é reconhecer e aceitar esse fato – e saber distinguir no que nos acontece o que é explicável pela lei da causa e efeito e o que é a consequência inexplicável do mero acaso. Essa atitude nos evita mil tormentos inúteis à procura de explicações que não existem e nos evita nos responsabilizar por aquilo que escapa a nossa responsabilidade. Ajuda-nos a neutralizar – face à desgraça – o desânimo, a auto-condenação, a diminuição de nós mesmos, o remorso, o senso de culpa, e também o estado de desamparo diante de mistérios insondáveis. A justiça é um conceito humano.
O universo desconhece este conceito. Mesmo agindo da melhor maneira, podemos encontrar o desastre, o fracasso, a doença, a morte prematura. Visite um cassino e observe um jogo de roleta. Há justiça e equidade na distribuição dos lucros e das perdas? Numa certa medida, o cassino é a imagem da vida.
É interessante observar como em uma espécie tão social quanto a nossa há poucos dispostos a ajudar de fato. Todos estão preocupados mesmo é em enriquecer. Muitas vezes nosso precioso tempo.
Cada período de uma vida humana é um minuto irrisório que se dilui no relógio da eternidade. Estes tipos não se cansam de julgar os outros e avaliar as circunstâncias da vida. Isso os impede de serem alegres, além de criar expectativas que os tornam infelizes. Este mal-estar é a raiz de muito sofrimento.
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