Quando você falha, descobre o que não funciona

Na busca do aperfeiçoamento contínuo, os processos mais atuais de avaliação, observando os conceitos apresentados anteriormente, passam em seguida à fase de treinamento e aconselhamento, objetivando metas relacionadas a prazos, qualidade e quantidade.

É imprescindível que cada um saiba como está progredindo. Estes sistemas têm a vantagem de eliminar a incerteza, um dos maiores males que afetam as organizações. Resolvem, ainda, o problema da falta de retorno quanto ao trabalho, pois cada executivo tem o seu desempenho avaliado pelo superior imediato e toma conhecimento disso na sua íntegra.

Como avaliar a evolução num executivo? A primeira resposta é pela capacidade de planejamento e liderança. E por liderança deve-se entender não a do tipo autoritária, autocrática, mas a participativa, com valorização daqueles com maior receptividade ao diálogo.

Nos conceitos modernos de administração de recursos humanos, o que mais importa é a capacidade do profissional atuar em equipe e resolver questões. Nos dias atuais, os próprios comandados não aceitam as lideranças autoritárias, consideradas verdadeiros entraves para crescimento das empresas, mesmo porque já é amplamente reconhecido que um dirigente poderá tomar a melhor decisão se ouvir os outros.

E quanto mais pessoas participarem da proposta, maior será o grau de comprometimento geral com o resultado. Estamos diante do Processo Participativo da Evolução Consciente que é caracterizado pela noção de que uma equipe de trabalho produz melhor quando o aprendizado é distribuído entre seus integrantes.

O importante é tomar cuidado para que estas avaliações sejam feitas de uma forma criteriosa, que sirvam à correção dos equívocos, e que, ao mesmo tempo, não desmotivem aqueles que trabalham na organização. Recorrendo outra vez a Maquiavel, diríamos que “não deve ser, portanto, crédulo o príncipe (no caso, os principais executivos de uma empresa), nem precipitado e não deve amedrontar-se a si próprio; deve proceder equilibradamente, com prudência e humildade, de modo que a confiança demasiada não o torne incauto e a desconfiança excessiva não o faça intolerável”.

A avaliação, desde executivos e operários, não pode ser encarada como uma extensão dos boletins escolares. É preciso lembrar que em uma empresa estamos lidando com adultos e profissionais que, de uma forma ou de outra, estão ali colaborando com seu trabalho e com sua dedicação. Raciocine e aja da seguinte maneira: se cometer um erro trate de usá-lo como ponto de apoio para uma ideia nova que, sem ele, talvez não fosse descoberta.

Não me canso de afirmar que errar é humano e necessário tanto para o processo de evolução de nossos níveis de consciência, quanto para o desenvolvimento de nossas habilidades práticas, como o aprendizado. Lembre-se que duas vantagens decorrem dos erros. A primeira é que, quando você falha, você descobre o que não funciona. A segunda é que o fracasso lhe dá a oportunidade de tentar uma nova abordagem para um assunto determinado.

Uma conclusão é o lugar a que chegastes depois de ter esgotado todas as outras alternativas

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