Budapeste é uma cidade encantadora e moderna

O nome da cidade vira uma piada, quando você a conhece. Na verdade, trata-se da união dos distritos de Buda e Peste. O primeiro tem aparência industrial, embora também ofereça o que ver. Peste é mais bonito, com suas ruas comerciais e hotéis de luxo.

As mulheres que ofereciam suas casas para turistas sabem disso, mas não tiveram tempo de explicar. Assim que o trem abriu as portas, elas invadiram os vagões de passageiros. Uma me agarrou pelo braço. Gritavam qualquer coisa parecida com “runs”, certamente tentando oferecer quartos em inglês. Foi um tumulto. Comecei a falar em português mesmo, já que de qualquer jeito não nos entenderíamos. Que sufoco!

Quando finalmente conseguimos nos livrar delas, encontramos fechada a janelinha que devia ser o servido de informações turísticas. Decidimos procurar albergue por nosso própria conta. Chegamos no primeiro, a uma quadra da estação: só abre no verão. Andamos mais umas nove quadras e demos de cara com outro albergue, em uma esquina: só abre no verão.

Mais uns tantos passos, uma nova tabuleta: só abre no verão. já não aguentava mais o peso da mochila. Por sorte, o quarto albergue funcionava durante o inverno. Só que estava na hora da checagem, quando todos os hospedes devem sair para que seja feita limpeza e troca das roupas de cama. Todos eles fazem isso. De qualquer forma, já estávamos instalados — pensei. Deixamos nossas mochilas na recepção e fomos rodar pela cidade.

Preferimos passear de trem, para dar uma olhada geral. Tinha informações de que na Hungria a maioria dos museus fecha às segundas-feiras e têm entrada franca aos sábados. Seria uma boa economia, mas não conseguimos aproveitar essa facilidade, porque chegamos durante a semana. Achei a cidade encantadora e moderna para os padrões da região. Atribuí o fato à proximidade que a Hungria sempre manteve com o Ocidente.

Cidade na Hungria

Budapeste