Logo no inicio de minha viagem pela Europa de mochilão fui a Lisboa encontrar um amigo de Boston. Resolvi no meu primeiro passei conhecer o Castelo da Penha, um castelo no alto de uma montanha com mais de 400 metros de altura,. na cidade de Sintra.
Logo que desci do ônibus, ao meu lado caminhava um vira-lata troncudinho, de seus 30 centímetros de altura, peito branco, patas brancas, dorso negro. Tinha uma cara muito expressiva, que naquele momento pedia autorização para ir junto. Não dei bola. Por ser feriado, o posto de informações turísticas estava fechado e a solução foi pedir ajuda a uma policial que encontrei a poucos metros. “Hoje a melhor maneira de chegar é a pé. Uns pouquitos minutos de caminhada”, explicou.
Engrenei primeira — a subida era íngreme — e parti. O vira-lata continuava me acompanhando. Decidi chamá-lo de Portuga. Não sei dizer se na hora pensei em uma homenagem ao povo lusitano. Seria justo. O vira-lata tinha uma mancha negra no rosto, que bem lembrava o tapa-olho de Camões. Talvez o nome não passasse de gozação. O fato é que ele atendeu.
O caminho até o castelo era de asfalto, cercado por arbustos e árvores de quatro metros que dificultavam uma visão panorâmica da cidade. A era uma reta, uma curva, outra reta, outra curva e assim por diante. Eu e Portuga já havíamos andado uma boa meia hora e nada de avistar o castelo.
Não tínhamos cruzado ninguém até então, nem mesmo de carro. A distância fez o burburinho do vilarejo virar silencio. Só se ouvia o sopro do vento de inverno e nossos próprios passos. Foi quando uma das curvas da estrada revelou um casal e quatro cachorros, todos dentro de um carro. “Falta muito para o castelo?”, perguntei. “É logo ali”, respondeu o homem.. Já ia me conformando com a resposta do homem, quando a mulher emendou: “Mas se tu fores por um atalho, chegas mais rápido. É só entrar ali e seguir em frente”. E apontou uma trilha que cortava o morro a 15 metros dali. Um atalho? Era tudo o que eu e meu canino amigo precisávamos.
No começo não me dei conta de que tínhamos saído da estrada por onde passam carros. Estávamos em uma picada de cerca de 2 metros de largura, com mata mais densa. Uma após outra, foram se sucedendo bifurcações no caminho. Placa, nem para remédio. A caminhada seguia em velocidade de cruzeiro até que avistei um enorme buraco no chão. Tinha uns quatro metros de profundidade, largo o suficiente para caber vinte homens, com paredes revestidas de madeira muito velha. Era um calabouço! As árvores pareciam crescer bem diante dos meus olhos. Os arbustos se mexiam, me ameaçando. Só ouvia o vento zumbindo. Senti uma vertigem.
Estava no meio de uma montanha de 400 metros, garantia de uma noite de frio insuportável. Tentei optar pelas trilhas que iam morro abaixo, mas era só começar em uma delas para perceber que logo voltava a apontar morro acima. Ninguém sabia que eu estava ali, exceto a policial — que não tinha motivos para dar pela minha falta — e o estranho casal — que para mim não era digno de confiança. Estava sem minha companheira quase inseparável, a mochila. Tinha fome, porque a ultima coisa que havia comido era uma maçã, às 9 da manha. O que me restava? O Portuga. Não que eu imaginasse que meu pequeno companheiro conhecia aquela montanha e seus caminhos como sua própria pata. Mas algo me dizia que ele não tinha me seguido até ali por acaso.
Consegui pensar numa saída genial e cheguei no final da tarde. Portuga foi um cachorro muito especial. Talvez meu anjo da guarda, capaz de prever os apuros em que eu me meteria e se apresentar para me ajudar.. A verdade é que naquele momento tive certeza de que tinha passado por uma experiência mística. Esse foi meu primeiro dia de passeio na minha grande aventura. Não imagina que viveria outras experiências intensas.
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