O avião aterrissou na cidade do Cairo exatamente às 22h24. Pisei pela primeira vez no solo egípcio às 10h38. Lembro-me bem, porque vivi o momento como se fosse uma ocasião histórica. Durante o voo, tínhamos conhecido outros quatro viajantes como nós. Dois americanos, um mexicano e um australiano. Estávamos todos preocupados em arranjar onde dormir àquela hora da noite. Desembarcamos todos juntos, pegamos as malas e fomos procurar um táxi.
Já no primeiro contato, pudemos conhecer uma característica básica do povo: o gosto pela negociação. Nada tem preço no Egito. Tudo é negociável. Por sinal, as transações começam sempre com o vendedor ou prestador de serviço pedindo um preso exorbitante. Nunca se deve aceitar a primeira oferta, o que é garantia de mau negócio e ainda deixa um egípcio frustrado.
O valor inicial é apenas o ponto de partida para começar o pregão, que sempre acaba pelo menos pela metade do preço. Foi assim com o táxi. Arranjamos um bem grande, que parecia a viatura dos Ghost Busters. Entramos os seis.
A capital egípcia é imensa. O trânsito é corrido, com os carros desenvolvendo uma boa velocidade. Rodamos pelo menos 45 minutos até chegar ao hotel, chamado Gresham, próximo à estação Sadat do metrô. Logo ali, na recepção, tivemos mais uma pista sobre como é o jeitinho egípcio. Falando ao pé do nosso ouvido, o porteiro pediu que mentíssemos para o taxista. Deveríamos dizer que íamos ficar com apenas dois quartos — e não três, o número verdadeiro. Em troca, ganharíamos um desconto. Tudo porque o motorista do taxi ganha comissão sobre o número de quartos usados pelas pessoas que leva até o hotel e a gerência estava disposta a pagar menos do que deveria. Topamos a mentira, mas mesmo assim o taxista saiu feliz da vida com suas rupias.
O hotel não tinha nenhuma estrela. Para dizer a verdade, era até um pouco nublado. Simples, muito simples, mas limpo. Éramos da classe dos aventureiros do mundo e consideramos os quartos bons, para a hora e os padrões locais.
O hotel tinha um clima muito especial. O elevador era de porta pantográfica, do tipo que tem um emaranhado de ferro fundido que precisa ser fechado com a mão. Quando passávamos pelos corredores, cabeças com turbante saíam dos quartos para espiar quem eram os novos hospedes. A decoração tinha temas egípcios, com uma Ísis aqui e outra acolá desenhada nas paredes.
O prédio era antigo, assim como a administração — familiar — do negócio: o porteiro era filho do dono, primo do taxista que fazia ponto na porta e marido da mulher que prestava os serviços de limpeza. O mais curioso no hotel era o banheiro. Procurei por toda parte, mas não encontrei lugar para colocar papel higiênico. Era verdade! Os viajantes que encontrei na Europa não mentiram quando disseram que o papel higiênico é artigo desconhecido no Egito. Depois de usarem a patente, os egípcios recorrem a um caninho colocado bem no centro do vaso sanitário. Por ali sai a água que faz as vezes de papel higiênico. Pareceu-me uma barreira cultural quase intransponível.
Nos dias seguintes, procurei papel higiênico em lojas, farmácias e supermercados. Nada. Sorte que eu, de maneira previdente, aceitei os conselhos e levei comigo um rolo para uso pessoal.
Cidade no Egito
País na África
Leia mais
Uma aula de negociação de camelos no Egito
Uma aventura de ônibus na cidade do Cairo
Minha caravana de camelo pelo Deserto do Saara
A energia dentro da pirâmide no Egito
O Colosso de Memnon é um exemplo da arte do antigo Egito
O maior tesouro pode estar próximo de você
Minha viagem com o padre Marcelo Rossi e o Gugu
Palestra Motivacional- Soluções Criativas para você e sua empresa
Uma Aventura Legal – Soluções Criativas
Soluções estratégicas para seu evento
Entrevista I – A origem do Viajante Profissional
Biografia
No seu evento com o profissional Sergio Motta
Peça muitas dicas à equipe do hostel
Antes de sair de casa: durma bem e garanta que está bem descansado
Os espanhóis impressionam por suas diferentes arquiteturas e histórias!
A fábrica da Guinness é um destino de peregrinação para quem visita Dublin!
Berlim tem na comida de rua um de seus pontos fortes!
Muitos pais se esquecem de que as crianças precisam de avisos
Uma viagem de navio pode ser uma experiência de viagem fantástica
Procure além da rota Estados Unidos- Inglaterra
Como presentear alguém num país diferente do seu?
Há mulheres que adotaram o lema de viajar sozinha
O Hamburg Card é uma excelente para quem vai passar alguns dias
Para viajar de avião os animais precisam estar saudáveis
Viajar com pouco dinheiro não deixa a experiência menos legal
Passagens aéreas e passes de trens mais baratos
Embarcando numa estação de trem na Europa
Pensar em como dividir os gastos pode se tornar uma dor de cabeça
Muitas vezes, você se sentirá um tolo e perdido
Seguindo recomendações é possível tornar a viagem inesquecível
Sempre esteja com o passaporte
Procure trocar ideias sobre seu roteiro com quem já fez a mesma viagem
Quanto maior a flexibilidade de datas, mais barata é sua viagem
Leve pouca bagagem e pregue o olho nas malas
Nada é pior do que sacolejar em um vagão lotado e capenga
Faça a sua viagem, não a dos outros
O inverno é uma ótima época para viagens gastronômicas
Carregue um mapa e não se perca
Deixe seu itinerário com a família ou algum amigo
É a oportunidade perfeita para unir todos os seus queridos
É importante haver liberdade para cada um fazer parte do roteiro
É muito importante cultivar o espírito da pechincha
Evite ficar hospedado diante do principal cartão postal da cidade
Leve apenas o que você consegue carregar sozinho
Montar a mala é como um quebra-cabeça
Adquira produtos importados em free shops
Ao viajar de avião, escolha uma mala fácil de carregar
Atrasos e cancelamentos de voos são comuns