O piloto do avião chamava-se Juan. Conforme a aeronave de prefixo OB-1302 foi se posicionando na pista, meu coração começou a bater mais forte. O avião tomou velocidade e decolou. O dia estava bonito, céu de brigadeiro como dizem os aeronautas.
Lá de cima, a visão é a de um deserto amplo e seco. Assim que começamos a passar por sobre as primeiras linhas, senti uma grande emoção. Constatei a presença de três tipos de marca: pistas, figuras e linhas. As marcas se estendiam por mais de 525km2 e até 1970 prosseguiam as descobertas de outras perto dali.
Muito se diz e escreve a respeito das linhas e figuras de Nasca, pois são objeto de estudo de vários ramos científicos: matemática, arqueologia, astronomia e até astrologia, cada um com interpretações diversas para a construção, o significado e as funções.
Entre os estudiosos, destaca-se Toribio Mejía Xesspe, o primeiro a identificar o fenômeno em 1926, tornando público seu achado em 1939. Mejía interpretou as linhas como um sistema de caminhos e rotas desenvolvidos para cerimoniais.
Em 22 de junho de 1939, o astrônomo americano Paul Kosok, especialista em sistemas de irrigação dos povos antigos, esteve no Peru em missão da Universidade de Long Island. Mas, ao sobrevoar a região a bordo de um pequeno avião da Faucett Line, em vez de estudar as obras hidráulicas dos antigos peruanos, acabou fotografando todo o complexo de figuras. Segundo ele, quando os nascas compreenderam que os corpos celestes controlavam os acontecimentos terrestres… que a vida no alto era tão organizada que produzia os movimentos anuais das estações, tornou-se claro para eles que um conhecimento maior do céu era imperativo. A astronomia transformou-se então em uma ciência prática, cuja função principal foi a de produzir um calendário regulador do processo agrícola.
Nem mesmo o barulho infernal provocado pelas hélices do avião diminuía o impacto diante do que víamos. Lá embaixo, sucediam-se as gigantescas representações de animais: um escorpião; um pássaro, com trezentos metros de dimensão; um papagaio ou condor, com dez metros; uma aranha, com 46m; um colibri, com cinquenta metros, como o cão; uma baleia, com 62m; um macaco, com oitenta metros; um outro pássaro com pescoço de serpente, com 280m, e assim por diante.
Além dessas, destacava-se a figura imensa de um homem com capacete e óculos. Seria um astronauta? Mais uma pergunta sem resposta definitiva, apesar das várias especulações publicadas em livros no mundo inteiro. As dúvidas importantes permanecem sem solução científica. O macaco não é um animal nativo da região: teria mesmo sido trazido pelos asiáticos há tanto tempo atrás?
Como se explicaria terem desenhado um “astronauta” há dois mil anos?! Isso tudo não parece racionalmente fazer sentido. Outro mistério….
De acordo com esse levantamento, as linhas de Nasca ocupariam uma área três vezes maior do que se pensava: 900km2! As fotos, hoje guardadas no Museu de Antropologia e Arqueologia de Lima, revelam 87 novos desenhos de animais exóticos, vegetais e seres humanos.
Recentemente, um piloto aficionado em aerografia, Eduardo Herrán, descobriu outros desenhos, desta vez em alto-relevo, que de tão grandes só são visíveis a pelo menos duzentos metros de altura. Impressiona a perfeição milimétrica com que foram feitos.
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