A caminhada final rumo a Machu Picchu começou às seis da manhã. Essa parte do percurso é ritualística. Cada um anda sozinho. O clima mágico e solene que se instalara. Éramos como profetas errantes que nos aproximávamos da Terra Prometida. Seguimos lado a lado, sem pronunciar uma palavra. Nada.
A solidão se fazia necessária, pois percorríamos agora estranhos e intrincados caminhos interiores. A trilha exterior, ao contrário, não era muito acidentada. O que nos orientava era um forte instinto. Encontrei muita gente, mas todos apenas olhavam, sorriam e não falavam nada.
Cerca de duas horas e meia depois, chegamos a Intipunku, ponto de observação, um vista point. A 2.560m de altitude, era o lugar mais alto entre Machu Picchu e Wiñay Wayna, e ficava a um quilômetro de nosso destino. No tempo dos incas, servira de observatório, posto de vigilância e espécie de alfândega. Intipunku significa “porta do sol”.
Foi dali que vi Machu Picchu pela primeira vez. O silêncio respeitoso de antes permanecia. Todos se acomodavam. O olhar da maioria variava entre espantado e emocionado. Não sei ao certo o que os outros experimentavam naquele momento, mas o que senti foi uma coisa única.
Meu corpo parecia não ter massa física, como se estivesse flutuando, levitando. Percebia claramente a minha aura e conseguia mesmo ver a energia que emanava das outras pessoas, como uma espécie de luminosidade envolvendo-as por inteiro. Nunca vivera algo semelhante.
Estranhamente, tinha a nítida impressão de estar vendo seres como anjos ao meu redor. Era incrível e fascinante. Uma paz imensa tomou conta de mim e descobri o significado de energia em estado puro: Machu Picchu. Após tanto sofrimento físico, o objetivo estava perto de ser alcançado.
Era grande a sensação de vitória, que cada um curtia a seu modo. Uma sombra razoavelmente escura cobria a cidade sagrada. Enquanto o dia clareava imponente, comecei a sentir minha ansiedade crescer. Era como se estivéssemos em uma contagem regressiva, sabia-se lá para quê. Até que o sol atingiu uma posição determinada. O que se viu então ficou catalogado como um dos momentos mais emocionantes da minha vida.
Os raios de sol iluminaram Machu Picchu inteira. Era como se os deuses incas estivessem esperando a plateia reunir-se para ligar os refletores do espetáculo. A cidade brilhou majestosa, no alto da montanha. As pedras que pareciam apagadas, escuras, encheram-se de luz, adquirindo um tom avermelhado, vivo. A impressão de que dali a pouco seria possível presenciar o movimento normal da cidade despertando era nítida, quase real.
A claridade era tanta que Machu Picchu transformou-se num espelho de energia, jogando sobre nós reflexos de uma luminosidade mágica. Isso aconteceu de uma maneira tão rápida e inesperada, que não conseguíamos conter o deslumbramento, entre atônitos e maravilhados.
O som do silêncio contundente foi enfim interrompido e todos começaram a aplaudir o fenômeno extraordinário com entusiasmo. Gritavam, assobiavam, como se estivessem diante de um espetáculo teatral premiadíssimo e excepcional.
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