Deixei o jardim e fui observar a vista panorâmica da região. À direita, localizei Tiberíades, mas distante. Na mesma direção, mais perto do monte, estava Tagba, onde Jesus operou o milagre da multiplicação dos pães. Do outro lado, ficava Cafarnaum, cidade de muitos dos sermões. O caminho para Tagba não oferecia dificuldades.
Uma rota de terra batida levava diretamente ao sítio histórico e, como para baixo todo santo ajuda, resolvi descer e ir até lá. Para tanto, voltei a pé pela estrada bem conservada. O dia continuava nublado. A beleza da paisagem natural, emoldurada pelo deslumbrante mar da Galileia, me dava uma sensação de felicidade ímpar. O som do silêncio convidava à reflexão.
Tagba é o nome árabe para Heptapegon, que significa “sete fontes” em grego. Foi palco de curas, milagres e ensinamentos de Jesus. Lá, ele pediu a Pedro que atirasse a rede ao mar em pleno dia, pois lhe garantiria a sobrevivência, trazendo-lhe grande quantidade de peixes.
Embora o horário usual para esse tipo de pesca seja à noite, Pedro deixou de lado o seu conhecimento, a sua experiência ou a sua habilidade, para entregar-se ao que Jesus dizia. A palavra do Mestre tinha o valor de um compromisso, embora não a compreendesse. A resposta do pescador foi bastante significativa: “Sobre a tua palavra o farei.” E o milagre aconteceu: os peixes pularam para dentro da rede.
Após cerca de vinte minutos de caminhada, cheguei a Tagba. A igreja da Primazia de São Pedro, uma construção modesta junto aos antigos degraus que conduziam à beira do mar, era de aparência bem simples por fora. Naquele trecho de praia da Galileia, em vez de areia, havia muitas rochas; as águas eram calmas. Pedras antigas, por onde teria passado Jesus, serviam de acesso ao local. Uma placa afirmava: “Os atos e milagres de Jesus não são acontecimentos do passado. Jesus espera por aqueles que ainda hoje estão preparados para correr riscos em obediência à Sua palavra, porque confiam totalmente no seu poder.”
O apóstolo nascido com o nome de Simão e batizado por Jesus como Pedro (petra ou pedra, em latim) ouviu ali de seu Mestre o pedido: “Alimenta meus cordeiros” (João 21:17). O templo chamava-se da “primazia” porque foi onde Jesus, depois de ressuscitar, levou os discípulos para tomarem com ele o café da manhã, ocasião em que anunciou que Pedro seria o chefe da futura Igreja: “E eu te darei as chaves do reino dos céus. E tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus; e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus” (Mateus 16:19). Rezei alguns minutos ao lado da pedra na qual, segundo os relatos, Jesus se sentou.
O rigoroso despojamento da igreja era acentuado pelas pedras de basalto pretas usadas em sua edificação. Erguida pelos franciscanos sobre fundações bizantinas, incluía a pedra conhecida como Mensa Christi ou Mesa de Cristo. Ali Jesus “manifestou-se outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades” (João 21:1) e comeram juntos. A luz que penetrava pelos vitrais dava à pedra uma coloração avermelhada.
Em frente à igreja, existia uma espécie de arena onde são celebradas missas e, ao lado, uma estátua retratando Jesus após a ressurreição, quando apareceu pela terceira vez aos seus discípulos. De acordo com o evangelho de São João, ele pousou a mão sobre a cabeça de Pedro e o empossou como o primeiro líder da Igreja Católica.
Durante incontáveis peregrinações, Jesus repetia com insistência: “Vim para ajudar as ovelhas perdidas de Israel.” É provável que não tenha se direcionado para os não judeus por saber que um dos apóstolos se encarregaria posteriormente de executar essa tarefa — no caso, Pedro. Seguro de quem deveria ajudar, estabeleceu-se em um raio de ação compreendendo cinquenta quilômetros a partir de sua residência, ensinando, curando e pregando.
Seu “alvo” específico permitiu-lhe manter-se concentrado no objetivo, sem perder de vista, porém, a premência de treinar elementos multiplicadores de suas ideias. Ele próprio sintetizou a abordagem em relação à liderança, mostrando aos discípulos como liderar, nos moldes do seu exemplo de prestar um serviço desinteressado. Exigiu essa mesma postura de todos aqueles que continuariam sua missão na terra. O estilo de liderança dele implicava dar o máximo em termos de servir, com o mais absoluto altruísmo.
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